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Quando se vive no presente

Quando se vive no presente as intempestividades não assustam, não abalam pouco importam quinze segundos de impressões alheias e o ego de atenção não mais carece memórias insolúveis no ar dançam dissolvem-se, vagarosamente, como areia em altas temperaturas. Quando se vive no presente as coisas não sentidas no passado flutuam no oceano de desatenção deliberadamente como um espelho que reflete a luz do sol e o aspecto desajeitado dos meus dizeres Ouvi dizer que só se vive poucas horas desta vida e o desejo quase sempre insaciável por definição sinto correr pelas vias mais inóspitas e, como esperado emergir por estas linhas criadas no mesmo instante em que sinto o brilho vivaz da Eternidade. Quando se vive no presente torna-se não somente possível como inevitável a experiência da eternidade em um segundo ou três minutos o tempo deixa de existir dissolve-se por completo na infinitude do momento. Quando se vive no presente se vive.

Cartas aos homens: quando se rompe com Deus

 A Palavra nunca foi a palavra de Deus, sempre foi a palavra dos homens que buscam na palavra a própria salvação Criaram a dualidade do mundo Bem e mal para terem com quem lutar e a que buscar Não foram capazes, os homens sanctos De serem por si mesmos então criaram um pai que os pudesse amparar Negaram o vazio a sensação insuportavelmente esmagadora do desamparo em que existimos Nunca em suas vidas perguntaram se se o Deus para o qual rezam de fato, está ainda ali Se a realidade não é fruto da cega contingência? Qualquer coisa, algo mais, algo menos, além ou aquém que não seja a velha sólida crença na negação do desamparo da vida e da própria capacidade de realizar, criar e expandir metamorfosear-se Pensam que resolvidos os problemas do espírito ter-se-ão resolvido o peso psíquico da existência e do vazio de sentido que ela carrega consigo. Não seriam as crenças, a religiosidade e a espiritualidade o intermédio entre o homem e as contingências - a realidade hostil que o permeia? Se De

01.06

Eu já não suporto mais, nos momentos de raiva e desespero, ser vítima dos meus impulsos. Que eu possa me curar do dia de hoje apesar de tudo.

Diário II - Maio, 2022

Prefiro me apegar ao que posso atestar, ver e sentir. O impalpável já me decepcionou demais nesta vida. Hoje não há mágoa, raiva, dúvida ou angústia, apenas a sutil indiferença do aceite de uma vida feliz e morte futura, mas isso não me causa angústia ou aflição, apenas a lembrança de que é preciso viver melhor e plenamente cada instante de nossas vidas. A vida é sim um milagre. Não de características divinas ou sobrenaturais, mas surpreendentes em sua natureza aleatória e admirável.

Forty six and two

  https://youtu.be/GIuZUCpm9hc I've been crawling on my belly Clearing out what could've been I've been wallowing in my own confused And insecure delusions For a piece to cross me over Or a word to guide me in I want to feel the changes coming down I want to know what I've been hiding In my shadow My shadow Change is coming through my shadow (...) I've been crawling on my belly Clearing out what could've been I've been wallowing in my own chaotic Insecure delusions I wanna feel the change consume me Feel the outside turning in I wanna feel the metamorphosis and Cleansing I've endured in (...) Listen to my muscle memory Contemplate what I've been clinging to Forty six and two ahead of me I choose to live and to Grow, take and give and to Move, learn and love and to Cry, kill and die and to Be paranoid and to Lie, hate and fear and to Do what it takes to move through... Forty six and two – Tool

Juventude roubada e doente no sentido mais literal da palavra

Nos meus anos de juventude encontrei paixão, desejo, desespero, morte, renascença poesia, arte, pessoas, sentimentos e transformação Tu te encontras por onde um dia andei Tu passas pelos mesmos tempos de mudança Mas com uma outra condição Inerente às circunstâncias E que eu talvez nunca sinta e compreenda por completo Assim, em últimas instâncias Serei sempre tua tenda Não te deixarei sem teto Obsoleto, mero objeto Catatônico e apático Que o destino devolva a ti o intento necessário ao movimento não estático da Vida.

A quem cujo perdão desejo um dia ter e o seu amor merecer

Tu acreditas no Divino e dualidades céu e inferno, purgatório como intermédio Divides o mundo entre pecadores e santos entre dignos e não dignos da Presença Divina. Eu acredito mais na ausência de propósito e na existência de uma não-dualidade das coisas Vejo o mundo como um inteiro que nas instâncias psíquicas individuais se divide em crenças, propósito e autoafirmações do que é o real na tentativa da sobrevivência em um mundo que, na ausência de sentido, afirma a presença de entidades, milagres e eventos extraordinários, atribui sentidos e sensações, cria coisas, constrói modos de viver Nossas diferenças começaram há muito tempo, talvez antes do tempo, ou na construção da passagem deste ou no tecer da própria relação Nos últimos tempos viemos tentando construir o que não foi construído nos primórdios dos nossos laços familiares e agora, imprudente e tomada pelos sentimentos mais baixos, deixei o impulso tomar conta de todo o meu ato e, mais errada quanto pude ser ultrapassei linhas q